- A erosão do solo é entendida como um fenómeno físico que se caracteriza pelo transporte de partículas do solo através da ação de agentes erosivos como a água, o vento, o gelo/neve e a gravidade.
Figura 23 - Diferença do
impacto da chuva
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- Embora seja considerado um processo natural indispensável à formação do solo na escala temporal geológica, considera-se que ocorre erosão do solo quando a taxa de remoção deste, realizada por um dos agentes erosivos acima referidos, excede a taxa de formação do mesmo).
- O processo de formação do solo é lento e à escala humana é considerado um recurso não renovável, pois qualquer perda superior a 1 ton/ha/ano pode ser considerada irreversível para um intervalo de tempo de 50 a 100 anos. A erosão acelerada devido à atividade humana tem conduzido a que os valores naturais de erosão tenham sido largamente ultrapassados nas últimas décadas.
Figura 24 - Erosão devido à velocidade da água da
chuva
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- A erosão hídrica é certamente a forma mais importante, disseminada e conhecida de degradação do solo na Europa. Os principais efeitos causados por este fenómeno são a perda de solo fértil, o aumento da degradação do coberto vegetal e diminuição do controlo hidrológico natural. Estes processos estão diretamente relacionados com o processo de desertificação.
- Os dois principais mecanismos responsáveis pela erosão hídrica do solo são o impacto das gotas de precipitação no solo e o escoamento superficial. O primeiro mecanismo está relacionado com a fase inicial do processo de erosão e pode ter grande representatividade na erosão ocorrida em terrenos cultivados.
- O último mecanismo é o responsável por remover e transportar as partículas para fora do seu local de origem, podendo ocorrer quer em solos saturados quer em solos não saturados de água. Geralmente o escoamento superficial ocorre quando a intensidade de precipitação supera a capacidade de infiltração do solo.
Figura 25 - Esquema da Erosão
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Águas Subterrâneas
- As águas subterrâneas encontram-se debaixo da terra. Estas podem ser de grande ou pequena capacidade, de boa ou má qualidade. Sendo assim, antes de se começar a explorar essas águas, tem de se ter em conta os estudos hidrológicos, hidrogeológicos, bacteriológicos, físico-químicos assim como os dados relativos a pluviosidade correspondente à zona.
- Com estes estudos vai-se saber a quantidade, a qualidade e a durabilidade do aquífero. Para garantir uma boa gestão integrada de águas subterrâneas e de águas superficiais, elabora-se um Plano Director de Recursos Hídricos. Este Plano Director permite-nos fazer um levantamento das bacias hidrográficas, indicando as zonas com maior potencial nos recursos hídricos tanto superficial como subterrâneo.
- As informações contidas neste Plano Director, permitiram uma programação apoiada do sector hídrico no desenvolvimento do país, porque o conhecimento da existência de aquíferos de água numa dada zona ajuda na seleção do tipo de atividades a serem realizadas na mesma. Este PD poderá, por exemplo, identificar uma exploração agrícola utilizando fortes fertilizantes, concentração de grande quantidade de latrinas e outras ações que podem transmitir para o subsolo substâncias nocivas que podem contaminar o recurso hídrico existente.
Águas Superficiais
- Tendo em conta, que o tema é abrangente a águas superficiais, começamos por classificar os diferentes tipos de águas superficiais. Estas águas surgem na natureza em forma de nascentes, rios, lagos ou lagoas.
- Importa referir que as nascentes que apresentam, em geral melhor qualidade foram as primeiras a serem exploradas para o abastecimento humano. Mas, com o crescimento demográfico e a consequente maior procura de água para o consumo humano começou a construir grandes captações de águas dos rios e depois dos lagos e mesmo das lagoas. Já presenciamos caso onde não existe nenhuma das variantes acima mencionadas e o abastecimento é feito através das águas do mar devidamente tratadas, o que torna muito dispendioso o fornecimento deste liquido tão precioso.
- Tomando em consideração as situações abordadas no parágrafo anterior, torna-se importante a proteção das águas superficiais sem exceção de todos os tipos de poluição principalmente industriais e domésticos. O poder de absorção da poluição pelos oceanos é superior à dos rios, lagos e etc. Mas contudo, não é permitido fazer-se despejos sem tratamento prévio nestes locais, porque corremos o risco de poluirmos toda a água disponível para a nossa sobrevivência. Os oceanos são os maiores pontos de despejos.
- A relação volume da água dos oceanos e dos despejos é tão grande que permite com que ele ainda esteja resistindo. Quanto aos rios, apresentam a vantagem por estarem em constante movimento, o que permite a renovação das águas. O mesmo já não se passa com os lagos e as lagoas que acumulam a carga recebida dos despejos, no fundo.
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